sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Rabindranath Tagore



Se não falas, vou encher o meu coração
Com o teu silêncio, e aguentá-lo.
Ficarei quieto, esperando, como a noite
Em sua vigília estrelada,
 
Com a cabeça pacientemente inclinada.
A manhã certamente virá,
A escuridão se dissipará, e a tua voz

Se derramará em torrentes douradas por todo o céu.


Então as tuas palavras voarão
Em canções de cada ninho dos meus pássaros,
E as tuas melodias brotarão

Em flores por todos os recantos da minha floresta.


Rabindranath Tagore


"Lisboa" photo by Helena S. Costa

2 comentários:

xXxPePexXx disse...

bela imagem

Helena Costa disse...

António Castro, seja bem aparecido! Finalmente um comentário seu no meu caleidoscópiosófico! Continua o poeta de sempre, até no comentário, que foi laconicamente profundo... e aproveito para agradecer as suas inteligentes perguntas nas aulas de filosofia que também me punham a pensar. Continue a desenvolver as suas veias poética e filosófica... e não se esqueça que a alegria é o motor da vida!
Um abraço e até breve
Helena Costa